quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sei lá, mil coisas (to super na fase dessa frase)

É impressionante como a vida pode ser instável. Em um único e mesmo dia vc pode passar por tantas estações diferentes.

Hoje o dia ta lindo! Simplesmente pulei da cama, coisa rara, sempre fico horas resmungando e enrolando.... liguei o som bem alto, tomei banho, cantarolei a música mais brega do universo, dancei na frente do espelho, me achei linda, coloquei uma blusa bem colorida, uns brincos grandes, colar, até blush passei pra dar uma aparência “oi, tomei sol”.

Apesar de ainda estar sem joaninha, pupy bonito me emprestou a caranga dele. Liguei o som no máximo, cantei todas, abri as janelas, senti o calor do sol na minha pele, pensei num novo dia começando, cheio de incertezas, mas que pode acontecer tanta coisa, quem sabe?

Ainda tenho aquela coisa fixa na cabeça de que Hollywood ainda pode não ter me enganado por completo. Ainda posso sair, bater o carro, e quando saio tremendo, chorando e gritando, sai do carro em que bati um homem lindo de morrer que vai me tascar um beijo de tirar o fôlego e me pedir em casamento. Quem sabe?

Aí cheguei no trabalho, abracei e dei um bom dia bem gostoso pras minhas queridas, pra tentar passar pra elas toda energia boa que transbordava de mim. Era um daqueles dias que eu tinha certeza que ia ter alguma idéia genial, patentiá-la e ganhar dinheiro com isso o resto da vida. Sentei, liguei meu parceiro fiel de todos os dias, uns e-mail tranqüilos, nada demais pra resolver... Aí, pronto!! Do NADA me vem a pior angústia do mundo, uma sensação horrível de vazio, de sem-gracisse, de “mais que merda toda é essa?”! Porra, cadê aquela alegria toda, menina? E pq ela sumiu assim? Não faço um tufo de idéia, mona, quem me dera saber!

Será que foi por aquela corrente que recebi da menina que precisa de órgãos? Ou da verdadeira vida dos Dalits, que não tem nada do glamour do Dalit da novela das 20h?

Daí desço pra espairecer, procuro dar uns abracinhos aqui, outros ali, leio mais e-mails, resolvo mais coisas, e não vejo sentido algum em nada disso que to fazendo. Parece que sou feita de areia e que do nada abre um buraco imenso no peito, um rombo, que queima em volta e arde que nem metcholate (como caralho se escreve isso?).
E aí a gente se bota a pensar no que ta acontecendo, qual a origem desse vazio bizonho? E vai na terapia, e liga pras amigas, e chora. Entro na caranga do gordinho pra ir embora, mas agora o som ta no máximo tocando a música do Titanic e eu me debulhaaando e cantando como se fosse a mulher traída da novela. Parei no farol e quando virei o rostinho pra direita vi uma família inteira me olhando no carro, até o cachorro tava com as patinhas no vidro como se eu fosse um alien. Posso sofrer em paz, por favor? Me permitem, sua cambada de imbecis!

Aí liga minha mãe pedindo pra eu comprar frios na padaria. Sempre odiei comprar frios na padaria! Fica aquela fila constrangedora, vc olhando pros salames dipindurados no teto, uns bêbados tomando cachacinha no balcão, sua vizinha fofoqueira te olhando de cima abaixo, esperando uma única brecha sua pra espalhar por aí. Mas eu não vou deixar! Segura o choro! Lágrima trampulim, fique já onde está e não se atreva a pular daí de cima!

Chego em casa e recebo toda a alegria do Peppe, abanando o rabo que mais parece que ta dentro de uma máquina de lavar roupa, pedindo carinho, imporando pelo minha atenção. Já me quebra, né. O que mais amo nos cachorros é o amor incondicional que eles sentem por vc. Pode acordar com o bafo do tigre louco, cheia de remela, com os cabelos parecendo um ninho de rato que ele te olha com o maior amor do mundo e pula por teu colo e te enche de carinho, igualzinho aos homens. Enfim, tomo meu banho e decido me enfiar na cama pra não contaminar ninguém com o meu excesso de alegria. Assim que deitei na cama o edredon fez hunf em volta de mim e aquele geladinho na ponta dos pés incrível deu um arrepiozinho na espinha. Quando me dei conta tava tendo um ataque de gostosura e me sentia a pessoa mais feliz do mundo. Vai entender.

domingo, 2 de agosto de 2009

Haikai

Pimenta vermelha.
Colocai-lhe asas.
Libélula rubra.

sábado, 18 de julho de 2009

Não, ela não tem talento.
Zolinha ti amu cara, amei esse perfil de amor amado. Até os papis amaram, mesmo com as loucuras e os cigarrinhos...ele tá repleto de amor!
Brigadúuu

"Ti amuuuuuuuuuuuuuuuuu, cara”, ela vem toda fofoleta, pulando no colo e abrançando forte: “eu sou meio assim mesmo, Felícia, apeeeeeeeeeerto porque amo muito”, ela fala com uma vozinha única. A Rachelines é a Rach, essa loirinha encantadora, um girassolzinho. Não tem papas na língua e tem uma qualidade que eu admiro muito: a capacidade de criar intimidade. Eu adoro que ela fica amiga dos meus amigos, entra no clima, dança Michael, come churrasco, me mostra rockzinhos modernos e... topa dormir mais cedo na praia. Nossa “garotinha” que inventa expressões carinhosas, apelidinhos, não faz cara feia quando a gente pede um cigarrinho e se emociona com as coisas prosaicas. Amo isso. Ela não economiza afeto e não mente: sente de verdade. Quer coisa mais deliciosa do que uma pessoa que tem muito amor e não se poupa disso? Haja generosidade. A gente viaja juntas, combina encontrinhos em casa e sempre acabamos embriagadas de vinho e de risadas. Porque ela é doce, é companheira e sabe segurar a onda das amigas malucas. E quando pira, pira de verdade. Perde as estribeiras mas nunca a carinha iluminada de girassol. Nós duas segurando e balançando a bandeirinha da neurose. É o patrimônio da patota, toda colorida, toda charmosa, a “garotinha” querida dos pais. Os amigos homens agradecem, mas a gente não divide com qualquer um. Ah... porque girassol sabe muito bem virar para a luz!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Hoje foi melhor que ontem. Amanhã, certamente melhor do que hoje, e assim por diante.

Hoje a sensação é de desilusão. Não fico mais triste, angustiada, isso por um lado é bom. A dor da desilusão é sim bem ruim e aperta bastante. Mas pelo menos é uma dor vivida como uma certeza do que está por vir, colocando pedras em cima, pontos finais, e não mais expectativas infundadas.

Decepção. É triste ver tanto tempo de ansiedade, de momentos felizes que, agora, ao olhar pra trás vc vê com tanta clareza que aquilo tudo sempre foi vivido e talvez criado só por vc. Nunca compartilhado.

Desgasta, tira a paz, gera um monstro enorme que só é mais alimentado. E essa decepção vem e acaba com tudo, acaba também com as coisas boas que pareceram ter acontecido, e que agora vc já nem tem mais tanta certeza.

Acho realmente que a vida é muito sábia e que as coisas têm um porque de acontecer. Já fiz muito isso, talvez esteja provando do meu próprio veneno. E Não, não é nada bom! Mas acho que precisava vivenciar para saber o quão insensível egoísta é isso tudo.

Mas, enfim, hoje é o primeiro dia do resto da minha vida, então vou viver. Beijo pra quem fica!


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Capítulo 2

Cheguei em casa e fiquei que nem croquetinho na cama rolando de um lado pro outro.

Claro, dos males o menor, ninguém se machucou, é só material, tem que agradecer blábláblá. Mas nessas horas, me desculpe, mas FODA-SE que é só material. É MEU material! É o carrinho que to suando pra pagar e ainda faltam putos três anos! É o carrinho que eu sempre quis, que comprei com toda alegria do mundo, que cuido, que lavo, que converso –sim, e daí- coisa que nunca fiz com outro carro, aliás, sempre tive descaso com essas coisas, total desapego. Mas como esse nãaaao. Minha joaninha prateada....até desvio de buracos!

Só conseguia lamentar por carros não serem que nem humanos. Pq não dá pra colocar um band-aid no machucado dele e pronto? Daqui ha uma semaninha eu tiro, nasce a casquinha...e depois cicatriza e ta novo! Mas não....todo dia me deparo com aquela rachadura imensa e escrota me fazendo lembrar dos libaldos, do susto e da preguiça de ter que resolver isso.

Resolver isso! Goood, por onde começar?

Claro, ligando pro disinfeliz.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Rachel em : "A Batida" - Capítulo 1

Mais uma vez, escolhi a dedo!
Quem é o cidadão mais escroto por perto? Hummmm... você? Então bata no meu carro, por favor?

Puuuf, soc, pow, "barulho de derrapada", paaaaaf
Desço do carro com a serenidade de uma gazela louca e me deparo com um magricelo mais orelhudo que o Tarcisio Meira saindo do carro.
Visão do inferno! Sabe quando vc vê as pessoas saindo do carro e acha que não acaba mais de gente!? E eu, obvio, sozinha no meu.

Bom, sai ele, sai outro libaldo e mais duas nêga do banco de trás.
Consigo vizualizar eles saindo do show do Inimigos ou do Baton na Cueca, ou pelo jeito até do Calipso. As nêga com aquelas sandálias que só de olhar vc já sente o chulé, aquele cabelinho alisaaado que a mãe passou a ferro e ainda passa o mousse da monange pra dar o toque. Os libaldos, claaaro, com regata, boné e correntão de prata! O carro...vermelho! Gente, nada contra....mas nesse caso podia ser qualquer coisa que ia ser cafona, me respeitem! Não reparei, mas certamente tinha alguma adesivo classudo tipo vagabonds, nóis capota mais num breca, e por aí vai...

> Rachel: P*%$c#*%¨, buáaaaaaaaaa, sniiiif, huuum, o que vc fez, cara??!! Ta maluco?
> Libaldo 1, o das über orelhas: Pôoooo véeeeeeeio!! Maaal aeeeee! Tu ti machucou, mina?
> Rachel: Nãaaaaao buáaaaaaaa, mas meu carro...aí, ai,....meu car....ca...car..ro machucoooouuuu ahhhhh
> Libaldo 2, o da regata: Pooo, tadinha aeee cara, foi maaaal
> Rachel: buáaaaaaaaaaa (constantes buás)
> Nêga 1, a do sapato de plástico vagabundo e chulezento: Aaaaiiiiii, lindiiiinhaaaaaa, ta tudo beeenhe?
> Rachel: Cara, elll...ele viajou!! Me fechou do nada, tava na minha (graciosa, cerelepe, cantando The Killers)
> Nêga 2, a dos cabelos alisaaados: Ele pirou o cabeção mesmo, viu gata! (detalhe: gata? ). Na real a gente tava cantando, animados e acabamo se ditraindo, cara, desculpa, foi mal mesmo, brecha nossa!

Ok! Respirei fundo. Nessas horas – três da manhã, saindo de uma festa da Adidas do SPFW que só tinha dragqueen e tendo que trabalhar cedo no dia seguinte – não tem muito o que fazer. Peguei o telefone do Libaldo, que tava todo dócil, oferecendo seu suporte pela cagada e disse que tinha seguro, pra eu ficar tranqüila. E fui pra casa.

....a continuar

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Momentos Singulares II

Notícia exclusiva do Globo.com: http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/

Ao se deparar com essa pobre Topeira, Fafá, com sua sabedoria milenar, nos revela uma importante lição extraída dessa história: "Se começar a juntar lixo, ou a ter desejos por acumular coisas esdrúxulas, leve sempre um cantil cheio de água fresca a tiracolo".

E um Feliz Ano Novo a todos