Desapego e Impermanência

Quase não acreditei quando a vi: pequenininha, mentirinha das pernas curtas, com oclinhos de tartaruga, toda de roupinha combinandinho, toda fina, sentadinha no sofá, me esperando com aquele sorriso aberto.

Foram dias e mais dias, conversas e mais conversas, choros, risadas, broncas, conselhos.
Mta coisa foi embora, passou batido, eu com essa tendência de abstrair do nada e voltar horas depois pro mundo real, claro que perdi os fios de umas par de meadas.
O que ficou, que sempre lembro, são as palavrinhas mágicas ali em cima, que cá vou repetir, pq vale a pena... Desapego e Impermanência.

Apego...pra que? A que? Não, pode jogar aquela roupa do pantanal que sua avó te deu quando vc tinha sete anos e não serve nem na sua orelha mais., alguém certamente precisa e vai usar bem melhor do que vc. Pode também jogar aquelas cartinhas com “best friends forever” daquela fulana que vc nem lembra o nome e de onde era. O skate do amigo x (tb não tenho idéia do nome dessa pessoa), quebrado no meio....hã?? Pra que essa porra toda, joga tudo no lixo, filha, o que realmente importa e o que realmente te marcou, ta gravado, tá dentro de vc e vc leva pra qualquer lugar que vai, sai dessa!!

Impermanência...essa é foda!! Viva tudo, viva a toda, as coisas, SIM, são impermanentes. Fuuuu, vão embora quando vc menos espera, com um soprinho do vento. As coisas e as pessoas. Não que eu queira ficar dando conselhos e dicas de auto ajuda, quem sou eu pra fazer isso, aliás, nem perca seu tempo lendo isso, sou a menos indicada., garanto! Mas é que as vezes fico estupefata (sempre quis escrever isso, conseguiiii) de pensar que a gente se desgasta tanto tentando se apegar a coisas, pra depois elas fuuuuu, sumirem!!

Ai, sabia! Abstraí de novo, perdi o fio da meada, pq q eu sou assim???